O vereador Thammy Miranda (PL) tem sido alvo de duras críticas após votar a favor do Projeto de Lei 445/2023, conhecido como PL da Fome, que prevê multas de até R$ 17 mil para quem doar alimentos a pessoas em situação de rua. A medida, que gerou indignação entre os internautas, visa regulamentar a distribuição de alimentos na capital paulista, mas tem sido vista por muitos como uma forma de criminalizar a solidariedade.
Repercussão Negativa
Nas redes sociais, o descontentamento com Thammy Miranda foi evidente. Comentários como “Que decepção” e “Um desserviço” refletiram a insatisfação popular com o posicionamento do vereador. A aprovação inicial do projeto acendeu debates acalorados sobre as implicações e a moralidade de tal legislação.
Voto Contrário de Minoria
Entre os 55 vereadores da Câmara Municipal de São Paulo, apenas 14 votaram contra o PL da Fome. Os vereadores Alessandro Guedes (PT), Arselino Tatto (PT), Celso Giannazi (Psol), Elaine do Quilombo Periférico (Psol), Helio Rodrigues (PT), Jair Tatto (PT), João Ananias (PT), Jussara Basso (Psol), Luana Alves (Psol), Luna Zarattini (PT), Manoel del Rio (PT), Toninho Véspoli (Psol), Senival Moura (PT) e Silvia da Bancada Feminista (Psol) foram os que se opuseram ao projeto.
Suspensão do Projeto
Diante da polêmica e das críticas crescentes, o vereador Rubinho Nunes (União Brasil), autor do PL da Fome, optou por suspender a tramitação do projeto na última sexta-feira (28). A decisão foi tomada em resposta ao clamor público e à necessidade de reavaliar o impacto e as consequências da proposta.
Impacto e Debate
O PL 445/2023, que tinha como objetivo regulamentar a distribuição de alimentos para evitar possíveis riscos à saúde pública, acabou sendo interpretado por muitos como uma medida punitiva e insensível às necessidades das pessoas em situação de rua. A suspensão temporária do projeto abre espaço para um debate mais profundo sobre a melhor maneira de abordar a questão da fome e da vulnerabilidade social na cidade.
Reações e Próximos Passos
Enquanto a suspensão do projeto oferece uma pausa para reconsideração, as reações de desaprovação, especialmente direcionadas a Thammy Miranda, destacam a complexidade e a sensibilidade do tema. A necessidade de políticas públicas que abordem a questão da fome e da pobreza com dignidade e eficácia continua a ser uma prioridade urgente para a sociedade paulistana.
A controvérsia em torno do PL da Fome serve como um lembrete da importância de uma abordagem compassiva e bem-informada na criação de leis que afetam os mais vulneráveis. O futuro do projeto e as discussões subsequentes serão cruciais para determinar o caminho a seguir na luta contra a fome e a exclusão social em São Paulo.
