Estudo da Universidade das Nações Unidas revela ansiedade gerada pela Inteligência Artificial
Especialista em Educação Executiva, Cámilla de Souza, comenta relação entre Inteligência Emocional e desafios da Inteligência Artificial
Um recente estudo conduzido pela Universidade das Nações Unidas (UNU) com sede em Tóquio, trouxe à luz um fenômeno crescente e intrigante: a “ansiedade por IA”. Esse termo descreve a inquietude e a preocupação humana que vêm junto com a rápida evolução da inteligência artificial (IA) e seus impactos imprevisíveis na sociedade. A capacidade da IA de reproduzir conversas humanas, criar músicas e até mesmo passar em testes está gerando um novo tipo de reação emocional negativa nas pessoas.
De acordo com o estudo, publicado no site oficial da ONU em julho de 2023, essa tensão pode ser comparada a transtornos de ansiedade, muitas vezes associados à dificuldade de lidar com incertezas e ambiguidades. As incertezas em torno das capacidades da IA incluindo a disseminação de desinformação e a polarização social, contribuem para essa sensação de inquietude. Além disso, certos conteúdos produzidos pela IA podem provocar reações emocionais negativas nos espectadores.
Cámilla de Souza, especialista em Educação Executiva ressalta a importância das habilidades interpessoais para enfrentar esses desafios. Segundo Cámilla:
“A inteligência emocional, empatia e habilidades interpessoais são como a cola que une os avanços tecnológicos à nossa humanidade. Em um mundo onde a IA estar se tornando cada vez mais presente, o desenvolvimento dessas habilidades se torna ainda mais crucial para lidar com os desafios emocionais e sociais que acompanham essa evolução.” – afirma a especialista.
Cámilla de Souza destaca que essas habilidades não apenas ajudam a melhorar as relações humanas, mas também contribuem para a resolução de conflitos de forma colaborativa e pacífica. Ela enfatiza que “a empatia e a comunicação não violentas são ferramentas essenciais para lidar com conflitos de maneira eficiente, promovendo soluções pacíficas em meio a divergências.”
Em um mundo em constante evolução tecnológica, a ansiedade por IA se assemelha à sensação de que as coisas estão saindo do controle. Cámilla destaca que validar nossas emoções é de extrema importância para o nosso bem-estar emocional e mental. A validação emocional, que reconhece a legitimidade dos sentimentos, torna-se uma parte essencial do cuidado com a saúde mental e emocional em meio a essas transformações.
O impacto dessa pesquisa é amplo, tocando não apenas os jovens estudantes ou adultos no mundo de trabalho, mas também todas as camadas da sociedade que enfrentam as complexidades dessa nova era.